Da Redação – Ezio Garcia
Nesta quinta feira, 18 de maio, dia em que se comemora em todo País o Dia da Luta Antimanicomial, o CAPS – Centro de Atendimento Psicossocial de Nova Xavantina, órgão da Secretaria Municipal de Saúde, anuncia melhorias no atendimento aos pacientes, com foco nos portadores de psicoses mais graves, deixando as mais leves para a rede da Atenção Básica do município.
Isto foi possível, segundo a psicóloga Fabrícia Galindo, graças a contratação pela gestão do prefeito João Bang, de duas psicólogas que atuam na rede municipal de saúde para esses atendimentos, uma na UBS do bairro Toneto e outra no Centro de Fisioterapia José Prudêncio Alves, que se ocupam dos casos mais leves, ficando os demais para atendimento mais específico feito pelos profissionais do CAPS.
MELHORIAS
Para Fabrícia, este desafogo no movimento diário do CAPS proporciona maior qualidade de vida para os portadores das psicoses mais graves, com maior êxito na redução dos danos psicológicos, maior redução das crises e dos conflitos, além de manter atendimento e acolhimento aos portadores de distúrbios considerados leves.
A equipe do CAPS de Nova Xavantina atende a mais de 100 (cem) pacientes cadastrados, e é composta pela psicóloga Fabrícia Galindo, médico Dr. Roger Benet, Assistente Social Ivani Vieira, terapeuta Pedro Dias; coordenadora, enfermeira Viviane Dunck, técnica de enfermagem Olivaldina Tomás (a Dina), serviços gerais Maria Aparecida, motorista José Vieira (o Zezinho), recepcão Celismar Marca, artesã Camila De Lúcio e apoio educacional Priscila Valtrik.
O horário de funcionamento é das 7.00 às 11.30 e das 13.00 às 17 horas.
COMO COMEÇOU
O Dia da Luta Antimanicomial nasceu com a promulgação da lei federal nº 10.216, em 2001, válida para todo o território nacional, que determinou a reforma psiquiátrica, abolindo os manicômios e propondo um atendimento mais humanizado aos pacientes, através da criação dos CAPS – Centro de Atendimento Psicossocial.
Os antigos manicômios, além de discriminatórios, na verdade eram centro de extermínios dos portadores de doenças mentais. A história registra que só no manicômio de Barbacena, em Minas Gerais, morreram mais de 60 mil pessoas, a maioria alcoólatras, homossexuais e mães solteiras, na época considerados “escória” da sociedade mineira.
Em São Paulo havia o famoso manicômio do Juqueri, próximo ao município de Jundiaí, que continha a mesma conotação e o mesmo estigma, ou seja, lugar de “loucos”. Hoje os CAPS mudaram radicalmente este quadro, oferecendo tratamento digno aos portadores de distúrbios mentais, sem dúvida uma grande conquista do segmento médico psiquiátrico do País.
Em Nova Xavantina, estão de parabéns todos os envolvidos, como em todo Brasil.