Da Redação
Janeiro é mês molhado, iluminado pelas energias sutis que brotam das águas, e banham nossos corações, nossas mentes e transformam nossa noção de tempo.
“São tantos janeiros…” dizem os que querem justificar a idade, os cabelos brancos, o avançado da idade, se é que isso existe. Ontem se findou janeiro -o primeiro mês da estação do verão- e hoje damos entrada em fevereiro, o segundo. A passagem é significativa.
Impactado pelas chuvas e iluminado pelos bons e espirituais fluídos do Natal e Reveillon, e sendo deles uma mera continuação, janeiro é e sempre foi o bom e espiritual fluído que brota em nossas vidas, renovando a vida, sempre abundantemente acompanhado pelas águas, elemento feminino por natureza.
A chuva fina ou grossa “que mantém a grama nova e o dia sempre nascendo” no dizer de Caetano Veloso, marca o mês da esperança, nos mantém na estrada, firmes e vigilantes, na certeza de que o “melhor ainda está por vir”.
Janeiro sintetiza a eterna esperança por dias melhores. Hora de reverenciar o passado, celebrar as conquistas, as experiências vencidas, e projetar o futuro que virá, com ou sem a nossa anuência, mas virá.
Para dar um exemplo do espírito que rege o mês de janeiro, em Nova Xavantina, ele começou com uma bela e sensacional reunião de velhos amigos (foto) -os Amigos do Matita, Marcio Gomes- na casa do amigo e irmão Janio Gomes, em sua “saideira”, nesta temporada em NX.
Noite memorável, de encontros e reencontros, de amizades seguras, firmes, históricas, verdadeiras, calcada em sólidas experiências vivenciadas em comum. Noite de celebração.
Assim é janeiro, ou foi
Um mês luminoso, de água (chuva) -elemento feminino que nos impele à reflexão e meditação, à interiorização e à prospecção, feito garimpeiro a procura do nosso verdadeiro Eu dentro de nós. “Conheça a Ti mesmo” disse Sócrates.
Sim, são muitos e tantos janeiros, para que possamos garimpar o nosso ouro filosofal preconizado pelo Mestre de Atenas.
Que venha fevereiro e todo o ano de 2023. E tamo junto, sempre!